terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um vídeo do site Gametrailers parece ser a confirmação de que o RPG "The Witcher", lançado originalmente para PC, está mesmo a caminho dos consoles. Na entrevista, o designer Jakob Stilinsky revela alguns detalhes sobre uma possível versão para PlayStation 3 e Xbox 360.

De acordo com Stilinsky, a versão para consoles, que tem o nome de "The Witcher: Rise of the Wolf", traz um "sistema de batalhas completamente novo que é mais dinâmico e sedutor".

As animações também foram refeitas, através de novas seções de captura de movimentos, uma técnica em que os gestos de atores são transferidos para os personagens de um jogo. "Também queríamos que os movimentos dos personagens, do herói e dos inimigos, fossem mais realistas e fluentes, então estamos capturando muitos novos movimentos", diz o designer.

Ainda assim, a produtora CD Projekt não anunciou oficialmente uma versão de seu game para os consoles.

"The Witcher" foi uma das melhores surpresas de 2007 para PC. Usando o engine "Aurora" da BioWare, o mesmo usado em outros RPGs como "Knights of the Old Republic" e "Jade Empire", o título da CD Projekt trouxe no pacote gráficos avançados, uma história rica com três finais diferentes (dependendo das escolhas feitas pelo jogador) e uma duração média de 40 horas. Sua mecânica de batalha foi feita para deixar o "clique-clique" característico desses jogos mais interessante: o jogador escolhe uma série de golpes a serem executados, mas deve apertar o botão do mouse no ritmo em que cada ataque atinge o oponente - acertando todas, o protagonista realiza uma finalização mortal. A versão "Enhanced" trouxe, além de eventuais melhorias, um DVD bônus contendo um editor de aventuras e um making of.

Prévia : Resistance 2

Um dos games de lançamento do
PlayStation 3, Resistance, título de guerra produzido pela mesma responsável pela carismática dupla Ratchet & Clank, trouxe bastante adrenalina ao então nulo acervo de FPS do console da Sony. Um "AAA" que mesmo sem ter concorrência foi apreciado por uma grande porção dos usuários do sistema. O primeiro não foi perfeito, tampouco é o segundo, mas não há como negar que com esses dois trabalhos fantásticos a produtora já marcou seu nome no gênero e na plataforma. Melhor para os usuários de PS3 que ganham um segundo título totalmente exclusivo, tão ou mais frenético e aterrorizante, que supera quase todos os aspectos do original.

Resistance 2 continua de onde o primeiro parou. Bale, o único sobrevivente de uma tropa de 12 mil soldados americanos enviada para ajudar a Inglaterra a combater os Chimeras, uma raça alienígena, continua em sua luta para tentar libertar a Terra dessas terríveis criaturas. Ele retorna aos EUA para integrar os "sentinelas", soldados que, como ele, são resistentes ao vírus mutante. Os jogadores batalharão em vários locais nos EUA e na Inglaterra para impedir que o planeta caia sobre o domínio desses seres.

Quem olha para algumas screenshots de Resistance sem saber ao certo do que se trata acha que está diante de um game futurista. Na verdade, trata-se de uma história alternativa, onde nazistas não existiram, a Segunda Grande Guerra não aconteceu, mas isso não quer dizer que as pessoas tiveram paz. Em 1950, seres conhecidos como Chimeras devastam a Rússia e invadem os demais países europeus, destruindo tudo e matando a todos. Em seu caminho, a raça espalha um vírus mutagênico que coloca os humanos em coma para se tornarem novos Chimeras em casulos. É nesse mundo repugnante que os jogadores testemunharão uma história muito bem criada e conduzida pela Insomniac. A trama desenvolvida pela produtora é muito complexa e repleta de detalhes, uma verdadeira obra de ficção científica, um prato cheio para os que curtem.

Resistance 2 começa no ano de 1951, mas tudo no jogo é uma mistura de tecnologia do passado com alienígena. É uma visão surreal observar um veículo dos anos 50 à sua frente e várias espaçonaves ligeiras cortando o céu sobre ele. Indiscutivelmente essa idéia permitiu aos desenvolvedores criar as situações mais inesperadas para os jogadores, que entrarão em combate em cenários muito variados. Há instalações dos Chimeras que possuem aparatos futuristas, e no mesmo lugar se vê um elevador de carga comum com aviso de três pessoas no máximo. Há coisa mais inimaginável do que atirar em uma televisão ou um rádio de madeira com uma arma de ions? Cada fase representou para nós uma experiência bastante diferente, e em momento algum tivemos aquela sensação de "déjà vu".

A parte visual de Resistance 2 é impressionante. Tecnicamente os mais exigentes poderão julgar imperfeitas algumas texturas, alguns objetos, ou até uma falta de acabamento aqui e acolá, mas cá entre nós: a ambientação, a maneira como o jogo o faz realmente se sentir dentro de um mundo caótico, os perigos que ele coloca em sua frente e as situações de emergência e de desgraça que participamos nos fazem esquecer completamente esses detalhes técnicos. Em nenhum momento o jogo nos decepcionou, muito pelo contrário. A mistura bizarra de uma destruída e inundada Chicago dos anos 50 com uma torre alienígena cortando o céu em seu centro, para logo depois sermos visitados por uma criatura do tamanho dos prédios foi uma das passagens mais marcantes desse game. Noutras vezes estivemos em uma nave alienígena enfrentando Chimeras em estreitas pontes e corredores com tecnologia estranha, em outra situação enfrentamos vários Titãs (Chimeras de quatro metros de altura) com pouca munição e muita disposição. Seqüências de intensas batalhas em praças públicas contra várias máquinas e veículos - incluindo uma pequena nave com um escudo - com armamento pesado fizeram subir nossa adrenalina. Isso sem falar quando fomos perseguidos por uma criatura elétrica com várias partículas negras em volta que simplesmente devora tudo e a todos em seu caminho e é invulnerável às armas comuns.

Os modelos de Resistance 2 são bem construídos, mas o destaque ficam por conta das criaturas, principalmente aquelas maiores que o seu personagem. Mas, curiosamente o que jogo parece fazer questão de mostrar mesmo são vísceras. Se você não tem problema com sangue ou em ver órgãos internos escorrendo pela parede, então o R2 não vai te deixar com náuseas. Mas caso isso seja um problema, é melhor deixar intactos os casulos espalhados pelo jogo, porque quando você os explode, ou os Chimeras que saem deles, a violência é desmedida.

Durante as missões, os jogadores se depararão com vários tipos diferentes de criaturas e perigos. Há vários tipos de drones, isto é, robôs de ataque controlados automaticamente e remotamente. Os de patrulha costumam aparecer em bando, e apesar de pequenos causam um estrago. Há alguns fixos como os canhões instalados em pontos estratégicos que precisam ser desativados por trás, e outros que atira pesadamente como o de caça (que voa) e Stalker, que se movimentam sobre quatros pernas e lembra um pouco uma aranha. O mais interessante, e mais difícil de derrotar, é o "Attack Drone", pois ele é protegido por um escudo azul com divisões que parecem favos. Quando uma parte do escudo é atingida e alguns "favos" são destruídos, seu sistema automaticamente remonta a parte destruída com o que sobrou, até sobrarem alguns poucos protegendo a área em que você está alvejando e, finalmente, o drone ser atingido em cheio e destruído. Mas isso não apenas os inimigos automatizados: há também os principais, os Chimeras.

Os Chimeras vêm representados pelo Grim, os recém-nascidos dos casulos que atacam imediatamente o jogador – causando obviamente um susto quando eles se libertam. Os Híbridos são do tipo mais corriqueiro e atacam o jogador com suas Bullseye, a arma mais comum do jogo ao lado da Carbine. Os Leapers são pequenas aranhas que soltam seu veneno quando próximos e causam muito estrago quando se juntam enquanto que os Leeches, embora inofensivos de longe, são fatais quando se aproximam, visto que explodem automaticamente. Os do tipo Elite Chimera costumam ser mais espertos que os convencionais, e também mais letais porque usam Bullseye Mark II, uma variação mais poderosa da Bullseye. Mas esses são todos relativamente fáceis de lidar. Quando o assunto é o Ravager e seu escudo protetor (que também causa dano, portanto esquive-se quando ele correr em sua direção) o caldo começa a engrossar. Os Titãs então, nem se fale. Haja granada e munição para dar conta desses enormes seres – um lança-foguetes (LAARK) é mais do que uma mão na roda. Os Steelhead, embora não sejam tão tolerantes aos tiros, vem armados com as Augers, uma "cheatada" arma que não só mostra exatamente onde o inimigo está por meio de um rastreador de calor como também atira raios de radiação que simplesmente ignoram paredes e chegam ao alvo com grande facilidade. Por sorte, os raios inimigos levam um tempo para atravessar as paredes, enquanto os nossos o fazem instantaneamente. No entanto, o inimigo que deve merecer mais respeito são os Furies. Eles estão em qualquer lugar do jogo onde haja pelo menos um metro de água, e matam o jogador assim que o alcançam. Não adianta atirar neles, pois eles são simplesmente invulneráveis. Para terminar, os Chameleons, que possuem uma camuflagem como a do Predador dos filmes. Esses bichos miseráveis causam alguns dos maiores sustos de Resistance 2, pois eles vêm correndo e gritando na sua direção e geralmente só nos deixam pouco mais de um segundo para reagirmos antes que eles nos atinjam fatalmente com suas lâminas. Mesmo com uma gama enorme de inimigos, Resistance 2 ainda tem muitas outras surpresas para os jogadores. Há vários chefões de fase, cada um mais alucinante que o outro, seja pelo seu comportamento ou forma, seja pelo seu tamanho absurdo, como o Leviathan. Alguns deles simplesmente não podem ser destruídos da maneira convencional, sendo necessário o jogador executar algumas artimanhas no cenário.

Resistance 2 vem com um modo campanha que se estende por sete capítulos (mais o tutorial) que levam de dez a doze horas para serem completados. São horas de muita ação, mas o legal desse jogo é que ele não é 100% "atire em tudo que se mexa", visto que os jogadores passarão por maus bocados enquanto fogem de locais que vão explodir, participam de um tiroteio a bordo de um helicóptero, encaram seres gigantescos, ou simplesmente se incomodam com a falsa calmaria de uma verdejante floresta. Mas na hora do combate intenso, as veias dos jogadores serão inundadas com adrenalina, em parte pela quantidade de inimigos simultâneos, e em outra pelo comportamento deles em campo.

A inteligência artificial do jogo é bastante coerente, e isso vale para os Chimeras e para seus companheiros. Há algumas situações em que eles se ignoram, é verdade, e outras em que nitidamente a CPU está almejando apenas você no cenário, mas na maior parte do tempo você verá alguns adversários flanquearam você, ou outros simplesmente aproveitando seu grupo grande para atacar em massa. Felizmente seus amigos ajudarão bastante também na maior parte do tempo, contra-atacando esses invasores e até salvando sua pele.

Para poder lidar com os Chimeras, o jogador conta com um arsenal extraordinário à sua disposição. As armas alienígenas são muito poderosas, porém as terráqueas não ficam muito atrás visto que possuem tecnologia inimiga adaptada. Imaginem uma clássica e poderosa Magnum 44 com projéteis que explodem nos inimigos? Ou uma Rossmore, espingarda com tiro duplo que detona o que estiver em seu campo. Alguns rifles de longo alcance como o Fareye (de um tiro) ou o Marksman (tiro duplo de ion) matam com um acerto, enquanto a já mencionada Auger é super-útil contra Chimeras escondidas. A LAARK é imprescindível contra os inimigos maiores enquanto que o Pulse Cannon é a única arma capaz de lidar com alguns bosses.

Poucos foram os games em primeira pessoa de console que tiveram um sistema de controle com a precisão necessária para esse tipo de jogo. Há muitos exemplos que vale citar como 007: Goldeneye, TimeSplitters, Halo e outros. Felizmente Resistance 2 entra sem delongas nessa seleta lista, oferecendo ajuste de sensibilidade para quem achar necessário e uma sutil trava de mira, deixando tudo ao gosto do jogador. E se isso já é muito importante na parte single, se torna crucial no multiplayer. Aliás, o componente online de R2 é uma das melhores ofertas da PlayStation Network atualmente. Simplesmente fantástico.

Para começar, o game traz no pacote uma modalidade cooperativa para até oito jogadores. A experiência é muito bacana, e os jogadores realizam objetivos em vários cenários não presentes no modo single. Na verdade, trata-se de uma campanha paralela, a dos Spectres, um grupo militar separado cuja missão é encontrar itens especiais (Gray Tech) que os Chimeras possuem. Esses itens são importantes no cooperativo, pois permitem que novos equipamentos sejam adquiridos e missões sejam abertas.

Mas não é só isso: há três classes que os jogadores podem escolher (Médico, Soldado, Spec-Ops) e conforme suas realizações durante as missões você poderá avançar de nível e ganhar novas armas e/ou habilidades para esta classe. Quanto mais você realizar as funções especiais de sua classe, mais pontos de experiência receberá, e conseqüentemente mais rápido adquirirá novos armamentos. Um soldado, por exemplo, que começa com uma metralhadora e com um escudo ganha muitos pontos por proteger seus companheiros. Um Spec-Ops, o único que pode arremessar caixas de munição para os amigos, recebe pontuação extra ao fazer isso. O médico avançará de nível mais rápido ao ressuscitar parceiros (qualquer um pode fazê-lo, mas o médico o faz mais rapidamente) e ao recuperar a energia de todos com sua arma, que também serve para roubar a energia dos inimigos.

A cada dois níveis, os jogadores ganham mais armas para sua classe. Um médico, por exemplo, recebe uma M5A2 Carbine no nível 2, depois o Clorofórmio no nível 4, que é uma habilidade Berserk, uma das características dessa modalidade. Cada classe possui sua própria série de habilidades especiais que podem ser usadas quando um medidor, preenchido com pontos de experiência, está cheio. The Ring of Life, por exemplo, é a primeira habilidade Berserk do médico, e ela cria uma área onde quem entra recupera sua energia. O Ironheart dos soldados reduz a quantidade de dano enquanto a barra não se esvaziar. O mais interessante é que enquanto o jogador está realizando as funções de sua classe, o medidor vai continuar se enchendo, e isso permite que a habilidade Berserk seja reutilizada com muita freqüência.

Quando se está jogando com um número reduzido de jogadores, percebe-se nitidamente que a quantidade de adversários, assim como o tipo deles, muda para se adaptar ao grupo reduzido, isto é, menos inimigos e mais fáceis – esse modo pode ser jogado em dupla com tela dividida. No entanto, em um grupo com oito, o jogo vai enviar hordas de criaturas para serem destruídas, e ainda por cima colocará as versões mais difíceis delas contra a equipe.

O modo competitivo permite um máximo de 60 jogadores, e isso foi uma das coisas mais legais e frenéticas que já experimentamos nos últimos tempos. Os cenários são bem desenhados, permitindo que, às vezes, as batalhas se concentrem em alguns pontos estratégicos específicos onde rola uma tremenda carnificina. Há quatro modos de jogo (Skirmish, Team Deathmatch, Deathmatch e Core Controle) e cerca de 10 mapas para eles, embora nem todos suportem 60 jogadores. Na verdade, apenas no modo Skirmish é que rola essa quantidade de jogadores simultâneos – e sem, pasmem, nenhum lag. Essa modalidade é com objetivos, exatamente como no cooperativo, embora sejam missões dinâmicas, isto é, nem sempre são as mesmas, dadas aos seis grupos (Humanos ou Chimeras) de cinco jogadores. E os objetivos são variados indo de defender um ponto específico a eliminar um alvo inimigo, etc., ou o inverso, já que grupos rivais terão que justamente impedir que você realize essas tarefas e vice-versa. O mais legal acontece quando o tempo está acabando, quando o jogo começa a colocar todo mundo no mesmo ponto do mapa para uma "luta final". Frenético. Para quem curte também os modos clássicos de jogo há o "Deathmatch" (cada um por si, e Deus contra todos), o "Team Deathmatch" (semelhante ao primeiro, porém em eduas equipes) e o "Core Control", que nada mais é que um "Capture a Bandeira" disfarçado. No site MyResistance.net o jogador pode acompanhar em tempo real suas estatísticas e a de outros jogadores, e ainda acessar a comunidade do jogo.

A parte sonora de Resistance 2 é outro ponto forte do jogo. As dublagens tanto de Hale quanto dos outros personagens foram muito bem trabalhadas, e a biblioteca de efeitos sonoros é muito mais do que satisfatório. Mas a parte que realmente capta nossa atenção é sem dúvida os grunhidos que alguns Chimeras fazem, principalmente aqueles que estão presos nos repugnantes casulos que mencionamos. Isso nos fez por diversas vezes passar bem distantes desses casulos só para não sermos incomodados pelo som porque, acreditem, é de dar medo.

Resistance 2 é um produto fantástico, mas ele não está imune às falhas. Como já dissemos antes, alguns mais exigentes poderão virar a cara para algumas texturas em menor qualidade que outras, e também com algumas que demoram mais do que deveriam para surgirem (o chamado pop-in). Mas talvez nossa única real reclamação venha de destroços, estilhaços e vísceras que, bizarramente, ficam às vezes paradas no ar como se tivessem presas em um muro invisível. Há também algumas situações em que corpos se contorcem em uma velocidade incrível no chão até que encontram um ponto de repouso. Ao menos resta a boa notícia de que esses acontecimentos são esporádicos e raros e em nada atrapalha a experiência e o andamento do jogo.

Como era de se esperar da competente Insomniac, Resistance 2 consegue, de maneira sublime, superar seu antecessor em todos os aspectos que você possa imaginar. Um modo campanha fenomenal recheado com uma história de deixar muitos filmes de Hollywood com inveja, e componentes multiplayer – incluindo um cooperativo com classes para até oito jogadores e modalidades competitivas para até 60 jogadores e nada de lag – que só aumentam a experiência e a longevidade do título, além da série de destrancáveis e suporte à comunidade são provas cabais de que estamos diante de um produto imperdível. Bom para os usuários do PlayStation 3 que o têm com exclusividade.
Um dos games de lançamento do PlayStation 3, Resistance, título de guerra produzido pela mesma responsável pela carismática dupla Ratchet & Clank, trouxe bastante adrenalina ao então nulo acervo de FPS do console da Sony. Um "AAA" que mesmo sem ter concorrência foi apreciado por uma grande porção dos usuários do sistema. O primeiro não foi perfeito, tampouco é o segundo, mas não há como negar que com esses dois trabalhos fantásticos a produtora já marcou seu nome no gênero e na plataforma. Melhor para os usuários de PS3 que ganham um segundo título totalmente exclusivo, tão ou mais frenético e aterrorizante, que supera quase todos os aspectos do original.

Resistance 2 continua de onde o primeiro parou. Bale, o único sobrevivente de uma tropa de 12 mil soldados americanos enviada para ajudar a Inglaterra a combater os Chimeras, uma raça alienígena, continua em sua luta para tentar libertar a Terra dessas terríveis criaturas. Ele retorna aos EUA para integrar os "sentinelas", soldados que, como ele, são resistentes ao vírus mutante. Os jogadores batalharão em vários locais nos EUA e na Inglaterra para impedir que o planeta caia sobre o domínio desses seres.

Quem olha para algumas screenshots de Resistance sem saber ao certo do que se trata acha que está diante de um game futurista. Na verdade, trata-se de uma história alternativa, onde nazistas não existiram, a Segunda Grande Guerra não aconteceu, mas isso não quer dizer que as pessoas tiveram paz. Em 1950, seres conhecidos como Chimeras devastam a Rússia e invadem os demais países europeus, destruindo tudo e matando a todos. Em seu caminho, a raça espalha um vírus mutagênico que coloca os humanos em coma para se tornarem novos Chimeras em casulos. É nesse mundo repugnante que os jogadores testemunharão uma história muito bem criada e conduzida pela Insomniac. A trama desenvolvida pela produtora é muito complexa e repleta de detalhes, uma verdadeira obra de ficção científica, um prato cheio para os que curtem.

Resistance 2 começa no ano de 1951, mas tudo no jogo é uma mistura de tecnologia do passado com alienígena. É uma visão surreal observar um veículo dos anos 50 à sua frente e várias espaçonaves ligeiras cortando o céu sobre ele. Indiscutivelmente essa idéia permitiu aos desenvolvedores criar as situações mais inesperadas para os jogadores, que entrarão em combate em cenários muito variados. Há instalações dos Chimeras que possuem aparatos futuristas, e no mesmo lugar se vê um elevador de carga comum com aviso de três pessoas no máximo. Há coisa mais inimaginável do que atirar em uma televisão ou um rádio de madeira com uma arma de ions? Cada fase representou para nós uma experiência bastante diferente, e em momento algum tivemos aquela sensação de "déjà vu".

A parte visual de Resistance 2 é impressionante. Tecnicamente os mais exigentes poderão julgar imperfeitas algumas texturas, alguns objetos, ou até uma falta de acabamento aqui e acolá, mas cá entre nós: a ambientação, a maneira como o jogo o faz realmente se sentir dentro de um mundo caótico, os perigos que ele coloca em sua frente e as situações de emergência e de desgraça que participamos nos fazem esquecer completamente esses detalhes técnicos. Em nenhum momento o jogo nos decepcionou, muito pelo contrário. A mistura bizarra de uma destruída e inundada Chicago dos anos 50 com uma torre alienígena cortando o céu em seu centro, para logo depois sermos visitados por uma criatura do tamanho dos prédios foi uma das passagens mais marcantes desse game. Noutras vezes estivemos em uma nave alienígena enfrentando Chimeras em estreitas pontes e corredores com tecnologia estranha, em outra situação enfrentamos vários Titãs (Chimeras de quatro metros de altura) com pouca munição e muita disposição. Seqüências de intensas batalhas em praças públicas contra várias máquinas e veículos - incluindo uma pequena nave com um escudo - com armamento pesado fizeram subir nossa adrenalina. Isso sem falar quando fomos perseguidos por uma criatura elétrica com várias partículas negras em volta que simplesmente devora tudo e a todos em seu caminho e é invulnerável às armas comuns.

Os modelos de Resistance 2 são bem construídos, mas o destaque ficam por conta das criaturas, principalmente aquelas maiores que o seu personagem. Mas, curiosamente o que jogo parece fazer questão de mostrar mesmo são vísceras. Se você não tem problema com sangue ou em ver órgãos internos escorrendo pela parede, então o R2 não vai te deixar com náuseas. Mas caso isso seja um problema, é melhor deixar intactos os casulos espalhados pelo jogo, porque quando você os explode, ou os Chimeras que saem deles, a violência é desmedida.

Durante as missões, os jogadores se depararão com vários tipos diferentes de criaturas e perigos. Há vários tipos de drones, isto é, robôs de ataque controlados automaticamente e remotamente. Os de patrulha costumam aparecer em bando, e apesar de pequenos causam um estrago. Há alguns fixos como os canhões instalados em pontos estratégicos que precisam ser desativados por trás, e outros que atira pesadamente como o de caça (que voa) e Stalker, que se movimentam sobre quatros pernas e lembra um pouco uma aranha. O mais interessante, e mais difícil de derrotar, é o "Attack Drone", pois ele é protegido por um escudo azul com divisões que parecem favos. Quando uma parte do escudo é atingida e alguns "favos" são destruídos, seu sistema automaticamente remonta a parte destruída com o que sobrou, até sobrarem alguns poucos protegendo a área em que você está alvejando e, finalmente, o drone ser atingido em cheio e destruído. Mas isso não apenas os inimigos automatizados: há também os principais, os Chimeras.

Os Chimeras vêm representados pelo Grim, os recém-nascidos dos casulos que atacam imediatamente o jogador – causando obviamente um susto quando eles se libertam. Os Híbridos são do tipo mais corriqueiro e atacam o jogador com suas Bullseye, a arma mais comum do jogo ao lado da Carbine. Os Leapers são pequenas aranhas que soltam seu veneno quando próximos e causam muito estrago quando se juntam enquanto que os Leeches, embora inofensivos de longe, são fatais quando se aproximam, visto que explodem automaticamente. Os do tipo Elite Chimera costumam ser mais espertos que os convencionais, e também mais letais porque usam Bullseye Mark II, uma variação mais poderosa da Bullseye. Mas esses são todos relativamente fáceis de lidar. Quando o assunto é o Ravager e seu escudo protetor (que também causa dano, portanto esquive-se quando ele correr em sua direção) o caldo começa a engrossar. Os Titãs então, nem se fale. Haja granada e munição para dar conta desses enormes seres – um lança-foguetes (LAARK) é mais do que uma mão na roda. Os Steelhead, embora não sejam tão tolerantes aos tiros, vem armados com as Augers, uma "cheatada" arma que não só mostra exatamente onde o inimigo está por meio de um rastreador de calor como também atira raios de radiação que simplesmente ignoram paredes e chegam ao alvo com grande facilidade. Por sorte, os raios inimigos levam um tempo para atravessar as paredes, enquanto os nossos o fazem instantaneamente. No entanto, o inimigo que deve merecer mais respeito são os Furies. Eles estão em qualquer lugar do jogo onde haja pelo menos um metro de água, e matam o jogador assim que o alcançam. Não adianta atirar neles, pois eles são simplesmente invulneráveis. Para terminar, os Chameleons, que possuem uma camuflagem como a do Predador dos filmes. Esses bichos miseráveis causam alguns dos maiores sustos de Resistance 2, pois eles vêm correndo e gritando na sua direção e geralmente só nos deixam pouco mais de um segundo para reagirmos antes que eles nos atinjam fatalmente com suas lâminas. Mesmo com uma gama enorme de inimigos, Resistance 2 ainda tem muitas outras surpresas para os jogadores. Há vários chefões de fase, cada um mais alucinante que o outro, seja pelo seu comportamento ou forma, seja pelo seu tamanho absurdo, como o Leviathan. Alguns deles simplesmente não podem ser destruídos da maneira convencional, sendo necessário o jogador executar algumas artimanhas no cenário.

Resistance 2 vem com um modo campanha que se estende por sete capítulos (mais o tutorial) que levam de dez a doze horas para serem completados. São horas de muita ação, mas o legal desse jogo é que ele não é 100% "atire em tudo que se mexa", visto que os jogadores passarão por maus bocados enquanto fogem de locais que vão explodir, participam de um tiroteio a bordo de um helicóptero, encaram seres gigantescos, ou simplesmente se incomodam com a falsa calmaria de uma verdejante floresta. Mas na hora do combate intenso, as veias dos jogadores serão inundadas com adrenalina, em parte pela quantidade de inimigos simultâneos, e em outra pelo comportamento deles em campo.

A inteligência artificial do jogo é bastante coerente, e isso vale para os Chimeras e para seus companheiros. Há algumas situações em que eles se ignoram, é verdade, e outras em que nitidamente a CPU está almejando apenas você no cenário, mas na maior parte do tempo você verá alguns adversários flanquearam você, ou outros simplesmente aproveitando seu grupo grande para atacar em massa. Felizmente seus amigos ajudarão bastante também na maior parte do tempo, contra-atacando esses invasores e até salvando sua pele.

Para poder lidar com os Chimeras, o jogador conta com um arsenal extraordinário à sua disposição. As armas alienígenas são muito poderosas, porém as terráqueas não ficam muito atrás visto que possuem tecnologia inimiga adaptada. Imaginem uma clássica e poderosa Magnum 44 com projéteis que explodem nos inimigos? Ou uma Rossmore, espingarda com tiro duplo que detona o que estiver em seu campo. Alguns rifles de longo alcance como o Fareye (de um tiro) ou o Marksman (tiro duplo de ion) matam com um acerto, enquanto a já mencionada Auger é super-útil contra Chimeras escondidas. A LAARK é imprescindível contra os inimigos maiores enquanto que o Pulse Cannon é a única arma capaz de lidar com alguns bosses.

Poucos foram os games em primeira pessoa de console que tiveram um sistema de controle com a precisão necessária para esse tipo de jogo. Há muitos exemplos que vale citar como 007: Goldeneye, TimeSplitters, Halo e outros. Felizmente Resistance 2 entra sem delongas nessa seleta lista, oferecendo ajuste de sensibilidade para quem achar necessário e uma sutil trava de mira, deixando tudo ao gosto do jogador. E se isso já é muito importante na parte single, se torna crucial no multiplayer. Aliás, o componente online de R2 é uma das melhores ofertas da PlayStation Network atualmente. Simplesmente fantástico.

Para começar, o game traz no pacote uma modalidade cooperativa para até oito jogadores. A experiência é muito bacana, e os jogadores realizam objetivos em vários cenários não presentes no modo single. Na verdade, trata-se de uma campanha paralela, a dos Spectres, um grupo militar separado cuja missão é encontrar itens especiais (Gray Tech) que os Chimeras possuem. Esses itens são importantes no cooperativo, pois permitem que novos equipamentos sejam adquiridos e missões sejam abertas.

Mas não é só isso: há três classes que os jogadores podem escolher (Médico, Soldado, Spec-Ops) e conforme suas realizações durante as missões você poderá avançar de nível e ganhar novas armas e/ou habilidades para esta classe. Quanto mais você realizar as funções especiais de sua classe, mais pontos de experiência receberá, e conseqüentemente mais rápido adquirirá novos armamentos. Um soldado, por exemplo, que começa com uma metralhadora e com um escudo ganha muitos pontos por proteger seus companheiros. Um Spec-Ops, o único que pode arremessar caixas de munição para os amigos, recebe pontuação extra ao fazer isso. O médico avançará de nível mais rápido ao ressuscitar parceiros (qualquer um pode fazê-lo, mas o médico o faz mais rapidamente) e ao recuperar a energia de todos com sua arma, que também serve para roubar a energia dos inimigos.

A cada dois níveis, os jogadores ganham mais armas para sua classe. Um médico, por exemplo, recebe uma M5A2 Carbine no nível 2, depois o Clorofórmio no nível 4, que é uma habilidade Berserk, uma das características dessa modalidade. Cada classe possui sua própria série de habilidades especiais que podem ser usadas quando um medidor, preenchido com pontos de experiência, está cheio. The Ring of Life, por exemplo, é a primeira habilidade Berserk do médico, e ela cria uma área onde quem entra recupera sua energia. O Ironheart dos soldados reduz a quantidade de dano enquanto a barra não se esvaziar. O mais interessante é que enquanto o jogador está realizando as funções de sua classe, o medidor vai continuar se enchendo, e isso permite que a habilidade Berserk seja reutilizada com muita freqüência.

Quando se está jogando com um número reduzido de jogadores, percebe-se nitidamente que a quantidade de adversários, assim como o tipo deles, muda para se adaptar ao grupo reduzido, isto é, menos inimigos e mais fáceis – esse modo pode ser jogado em dupla com tela dividida. No entanto, em um grupo com oito, o jogo vai enviar hordas de criaturas para serem destruídas, e ainda por cima colocará as versões mais difíceis delas contra a equipe.

O modo competitivo permite um máximo de 60 jogadores, e isso foi uma das coisas mais legais e frenéticas que já experimentamos nos últimos tempos. Os cenários são bem desenhados, permitindo que, às vezes, as batalhas se concentrem em alguns pontos estratégicos específicos onde rola uma tremenda carnificina. Há quatro modos de jogo (Skirmish, Team Deathmatch, Deathmatch e Core Controle) e cerca de 10 mapas para eles, embora nem todos suportem 60 jogadores. Na verdade, apenas no modo Skirmish é que rola essa quantidade de jogadores simultâneos – e sem, pasmem, nenhum lag. Essa modalidade é com objetivos, exatamente como no cooperativo, embora sejam missões dinâmicas, isto é, nem sempre são as mesmas, dadas aos seis grupos (Humanos ou Chimeras) de cinco jogadores. E os objetivos são variados indo de defender um ponto específico a eliminar um alvo inimigo, etc., ou o inverso, já que grupos rivais terão que justamente impedir que você realize essas tarefas e vice-versa. O mais legal acontece quando o tempo está acabando, quando o jogo começa a colocar todo mundo no mesmo ponto do mapa para uma "luta final". Frenético. Para quem curte também os modos clássicos de jogo há o "Deathmatch" (cada um por si, e Deus contra todos), o "Team Deathmatch" (semelhante ao primeiro, porém em eduas equipes) e o "Core Control", que nada mais é que um "Capture a Bandeira" disfarçado. No site MyResistance.net o jogador pode acompanhar em tempo real suas estatísticas e a de outros jogadores, e ainda acessar a comunidade do jogo.

A parte sonora de Resistance 2 é outro ponto forte do jogo. As dublagens tanto de Hale quanto dos outros personagens foram muito bem trabalhadas, e a biblioteca de efeitos sonoros é muito mais do que satisfatório. Mas a parte que realmente capta nossa atenção é sem dúvida os grunhidos que alguns Chimeras fazem, principalmente aqueles que estão presos nos repugnantes casulos que mencionamos. Isso nos fez por diversas vezes passar bem distantes desses casulos só para não sermos incomodados pelo som porque, acreditem, é de dar medo.

Resistance 2 é um produto fantástico, mas ele não está imune às falhas. Como já dissemos antes, alguns mais exigentes poderão virar a cara para algumas texturas em menor qualidade que outras, e também com algumas que demoram mais do que deveriam para surgirem (o chamado pop-in). Mas talvez nossa única real reclamação venha de destroços, estilhaços e vísceras que, bizarramente, ficam às vezes paradas no ar como se tivessem presas em um muro invisível. Há também algumas situações em que corpos se contorcem em uma velocidade incrível no chão até que encontram um ponto de repouso. Ao menos resta a boa notícia de que esses acontecimentos são esporádicos e raros e em nada atrapalha a experiência e o andamento do jogo.

Como era de se esperar da competente Insomniac, Resistance 2 consegue, de maneira sublime, superar seu antecessor em todos os aspectos que você possa imaginar. Um modo campanha fenomenal recheado com uma história de deixar muitos filmes de Hollywood com inveja, e componentes multiplayer – incluindo um cooperativo com classes para até oito jogadores e modalidades competitivas para até 60 jogadores e nada de lag – que só aumentam a experiência e a longevidade do título, além da série de destrancáveis e suporte à comunidade são provas cabais de que estamos diante de um produto imperdível. Bom para os usuários do PlayStation 3 que o têm com exclusividade.
Um dos games de lançamento do PlayStation 3, Resistance, título de guerra produzido pela mesma responsável pela carismática dupla Ratchet & Clank, trouxe bastante adrenalina ao então nulo acervo de FPS do console da Sony. Um "AAA" que mesmo sem ter concorrência foi apreciado por uma grande porção dos usuários do sistema. O primeiro não foi perfeito, tampouco é o segundo, mas não há como negar que com esses dois trabalhos fantásticos a produtora já marcou seu nome no gênero e na plataforma. Melhor para os usuários de PS3 que ganham um segundo título totalmente exclusivo, tão ou mais frenético e aterrorizante, que supera quase todos os aspectos do original. Resistance 2 continua de onde o primeiro parou. Bale, o único sobrevivente de uma tropa de 12 mil soldados americanos enviada para ajudar a Inglaterra a combater os Chimeras, uma raça alienígena, continua em sua luta para tentar libertar a Terra dessas terríveis criaturas. Ele retorna aos EUA para integrar os "sentinelas", soldados que, como ele, são resistentes ao vírus mutante. Os jogadores batalharão em vários locais nos EUA e na Inglaterra para impedir que o planeta caia sobre o domínio desses seres. Quem olha para algumas screenshots de Resistance sem saber ao certo do que se trata acha que está diante de um game futurista. Na verdade, trata-se de uma história alternativa, onde nazistas não existiram, a Segunda Grande Guerra não aconteceu, mas isso não quer dizer que as pessoas tiveram paz. Em 1950, seres conhecidos como Chimeras devastam a Rússia e invadem os demais países europeus, destruindo tudo e matando a todos. Em seu caminho, a raça espalha um vírus mutagênico que coloca os humanos em coma para se tornarem novos Chimeras em casulos. É nesse mundo repugnante que os jogadores testemunharão uma história muito bem criada e conduzida pela Insomniac. A trama desenvolvida pela produtora é muito complexa e repleta de detalhes, uma verdadeira obra de ficção científica, um prato cheio para os que curtem. Resistance 2 começa no ano de 1951, mas tudo no jogo é uma mistura de tecnologia do passado com alienígena. É uma visão surreal observar um veículo dos anos 50 à sua frente e várias espaçonaves ligeiras cortando o céu sobre ele. Indiscutivelmente essa idéia permitiu aos desenvolvedores criar as situações mais inesperadas para os jogadores, que entrarão em combate em cenários muito variados. Há instalações dos Chimeras que possuem aparatos futuristas, e no mesmo lugar se vê um elevador de carga comum com aviso de três pessoas no máximo. Há coisa mais inimaginável do que atirar em uma televisão ou um rádio de madeira com uma arma de ions? Cada fase representou para nós uma experiência bastante diferente, e em momento algum tivemos aquela sensação de "déjà vu". A parte visual de Resistance 2 é impressionante. Tecnicamente os mais exigentes poderão julgar imperfeitas algumas texturas, alguns objetos, ou até uma falta de acabamento aqui e acolá, mas cá entre nós: a ambientação, a maneira como o jogo o faz realmente se sentir dentro de um mundo caótico, os perigos que ele coloca em sua frente e as situações de emergência e de desgraça que participamos nos fazem esquecer completamente esses detalhes técnicos. Em nenhum momento o jogo nos decepcionou, muito pelo contrário. A mistura bizarra de uma destruída e inundada Chicago dos anos 50 com uma torre alienígena cortando o céu em seu centro, para logo depois sermos visitados por uma criatura do tamanho dos prédios foi uma das passagens mais marcantes desse game. Noutras vezes estivemos em uma nave alienígena enfrentando Chimeras em estreitas pontes e corredores com tecnologia estranha, em outra situação enfrentamos vários Titãs (Chimeras de quatro metros de altura) com pouca munição e muita disposição. Seqüências de intensas batalhas em praças públicas contra várias máquinas e veículos - incluindo uma pequena nave com um escudo - com armamento pesado fizeram subir nossa adrenalina. Isso sem falar quando fomos perseguidos por uma criatura elétrica com várias partículas negras em volta que simplesmente devora tudo e a todos em seu caminho e é invulnerável às armas comuns.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Prévia : Yakuza 3

Depois do lançamento do elogiado "Ryu Ga Gotoku Kenzan!", episódio paralelo da franquia que no ocidente é conhecida como "Yakuza" e que se passou durante o século XVII, a Sega anunciou um terceiro capítulo da série original, que continua exclusiva para os consoles da Sony.

Em "Ryu Ga Gotoku 3", ou simplesmente "Yakuza 3", testemunhamos o retorno de Kyriu Kazuma, que no jogo anterior se viu obrigado a largar sua semi-aposentadoria para resolver um conflito entre sua antiga organização, o clã Tojo, e a família rival Omi. E a guerra entre chefões da máfia japonesa continua, forçando Kyriu a tomar uma posição mais contudente no conflito, em vez de buscar soluções pacíficas como anteriormente.

Com o poder do Playstation 3, a Sega conseguiu criar uma nova região, a fictícia Kamuto-cho, que serve como cenário para o jogo de maneira extremamente realista, nos moldes de "Grand Theft Auto IV", com muitos pedestres, sinais em neon e ambulantes. Como nos primeiros títulos, houve um cuidado peculiar em tentar recriar a atmosfera do submundo japonês com fidelidade, incluindo casas de jogos, prostituição e karaokês. Para explorar ainda mais este aspecto, vários minigames foram criados, reproduzindo jogos de sinuca, pôquer, mahjong e até mesmo aquelas máquinas que vendem bichinhos de pelúcia, além de um sistema de paquera para o protagonista.

Kazuma também parece ter aprendido alguns novos golpes durante suas últimas aventuras, com uma nova gama de movimentos que podem ser habilitados de acordo com a progressão na história. Além de socos e pontapés, o gângster também conta com um arsenal de respeito, incluindo nunchakus, facas, porretes e pode utilizar objetos bem inusitados do cenário, como bicicletas e placas - tudo para despachar os inimigos da maneira mais rápida e sangrenta possível, afinal, é preciso deixar uma marca para amedrontar a competição.

Prévia : Batmen Arkham Asylum

O Asilo Arkham para Criminosos Insanos é um dos cenários mais célebres da mitologia de Batman, não só nos quadrinhos, mas também em outras mídias, como em suas séries em desenho animado ou em seus longa-metragens. Agora o lugar, que detém alguns dos maiores vilões do homem-morcego como o Coringa e o Duas-Caras, se torna o palco principal do mais novo jogo do herói.

No enredo criado por Paul Dini, o responsável pelas populares animações para cinema e TV do Cavaleiro das Trevas durante a década de 90 e atual roteirista da revista "Detective Comics", Batman precisa lidar com um maquiavélico plano arquitetado justamente pelo Coringa, que planeja uma fuga em massa da instituição para servir como distração para algo bem maior. E, como um plano do vilão não fosse o suficiente para deixá-lo ocupado, ele também terá que lidar com todos os seus arquiinimigos de uma só vez, como o Crocodilo, o Charada e o Pingüim.

Não é só a presença de Dini que mostra que "Batman: Arkham Asylum" é uma grande produção. Kevin Conroy e Mark Hammill, donos das vozes de Batman e Coringa nos desenhos recentes, são alguns dos dubladores escalados para o jogo. E para garantir os visuais próximos ao dos quadrinhos, o design de personagens e cenários ficou a cargo do estúdio Wildstorm, integrante da DC Comics, liderado pelo desenhista Jim Lee - que também cuidou dos visuais de "DC Universe Online".

Como não poderia deixar de ser, o jogo dá grande ênfase na ação e em brigas mano a mano. Enquanto boa parte dos combates pode ser realizada com combinações entre socos e bloqueios, há a possibilidade de desferir golpes especiais e ampliar o repertório do herói com um sistema de nivelamento, com pitadas de RPG.

Além de exímio lutador, Batman também é considerado o maior detetive do mundo, o que é explorado de forma bastante interessante. Além de contar com seus batrangues, ganchos e outras bugigangas, o personagem também pode coletar itens pelo caminho para improvisar certas soluções e investigar cenas de crimes, ao melhor estilo CSI.

Prévia : Ghostbusters The Video-game

"Ghostbusters: The Videogame" tem uma história de desenvolvimento quase tão complexa quanto a do projeto para um terceiro filme na série cinematográfica que o inspirou. Foram meses de atrasos, problemas financeiros com a produtora, fusões de empresas e a mudança de data de lançamento para coincidir com o aniversário de 25 anos do longa-metragem original, em 2009.

De qualquer forma, todo este período de indecisão contribuiu para o maior polimento do jogo, que não tem nada a ver com os antigos títulos lançados para as plataformas de 8 bits. O roteiro é totalmente original, escrito a quatro mãos pelos idealizadores da franquia, os comediantes Dan Aykroyd e Harold Hamis, que interpretaram, respectivamente, os heróis Ray Stantz e Egon Spengler nos filmes. Ambos, aliás, emprestam suas vozes aos personagens do jogo, assim como os outros dois atores originais, Bill Murray e Ernie Hudson, respectivamente, Peter Venkman e Winston Zeddemore.

O enredo segue os eventos de "Caça-Fantasmas II", com a trama se desenrolando em 1991, dois anos depois do final daquele filme. O jogador encarna um personagem original - com a figura baseada no produtor do jogo, Ryan French - que se apresenta como um recruta na equipe dos caçadores de fantasmas. A secretária Janine, com voz da atriz original Annie Potz, assim como o fantasma Geléia e o Stay Puft, o gigante homem de marshmallow, também são presenças garantidas.

A mecânica é a de um tradicional jogo de ação em terceira pessoa, em que o jogador precisa utilizar todas as bugigangas conhecidas pelos fãs para explorar o cenário em busca das assombrações. Depois de encontradas, é necessário utilizar armas como o feixe de prótons e a célebre armadilha para fantasmas - isto é, naqueles que couberem ali, uma vez que os de maior tamanho precisam ser destruídos utilizando certa criatividade. Entre cenários conhecidos a explorar estão a biblioteca do filme original e as docas do porto de Nova York, como vistos no segundo longa.

Prévia : The Punisher No Mercy

O Justiceiro é o mais famoso anti-herói dos quadrinhos da Marvel Comics e ganha, além de um novo filme para os cinemas em 2008, um novo jogo chamado "The Punisher: No Mercy", exclusivo para Playstation 3 e vendido apenas por download.

A ação é em primeira pessoa no tradicional estilo arena, em que todos os jogadores se enfrentam em busca do maior placar, o que no caso, se traduz em uma quantidade maior de mortes. O foco é no multiplayer online, claro, mas há também uma campanha offline para um jogador, com enredo próprio, que serve para introduzir a mecânica do jogo e habilitar itens e personagens que, mais tarde, podem ser usados na rede.

Criado com o famoso motor gráfico Unreal Engine 3, o design de personagens e a arte complementar do jogo ficou, inclusive, a cargo do artista brasileiro Mike Deodato Jr., célebre por seus trabalhos na editora norte-americana como nas séries "Amazing Spider-Man", "Hulk", "X-Men" e em uma do próprio protagonista do jogo em "Punisher: War Journal".

O jogo traz quatro grandes arenas inspiradas nos quadrinhos, assim como oito personagens do microcosmo do Justiceiro, como a mercenária Silver Sable, o assassino Barracuda e o vilão Retalho. Cada um tem habilidades únicas e também contam com um extenso arsenal à disposição, entre armas de longo alcance, de curto alcance e equipamentos especiais.

As partidas online suportam oito jogadores e vários modos compõem o download, incluindo o tradicional Deathmatch e outros mais interessantes, que incluem missões cooperativas e batalhas ao estilo um contra todos. Há planos também para complementar o pacote inicial com a venda de novos modos, assim como mapas, itens e personagens.

Prévia : Coraline

O original é um livro de Neil Gaiman. Mas nesses tempos de multimídia, as obras perpassam diversos suportes e formatos. Assim, "Coraline" acabou virando filme, e por sua vez, a obra cinematográfica inspira um videogame.

Trata-se de um adventure surrealista no qual uma jovem garota descobre uma porta em sua casa que a leva para uma realidade alternativa, onde tudo se parece com o mundo "real", mas mais misterioso e fantástico. Agora, precisa ter força, coragem e sagacidade para encontrar o caminho de volta ao lar.

O estilo gráfico pretende imitar os bonecos de massa do longa-metragem. Durante a aventura, Coraline interage com diversos outros personagens da obra original e o jogador ganha itens que revelam minigames. Também encontra novas roupas para vestir, fotos para o álbum e artes relacionadas ao filme nos cinemas.